sábado, 13 de março de 2010

SORVETES E PICOLÉS CASEIROS


Carga-Horária: 20 h/a
Objetivo:
Possibilitar a construção de competências necessárias ao domínio da técnica de preparo de sorvetes e picolés.
Requisitos de acesso:
Escolaridade correspondente à quarta série do ensino fundamental, conhecimentos básicos em culinária, idade mínima de quatorze anos completos e documentação de identificação (R.G e C.P.F ou equivalente).
Perfil profissional de conclusão:
Ao concluir o programa o participante será capaz de produzir de forma artesanal, sorvete e picolés de variado sabores.
Conteúdo:
Boas práticas na manipulação de alimentos
Dicas para Bom Rendimento das Receitas
Preparação de Receitas de Sorvetes e Picolés Caseiros
Sorvete Enriquecido Processo a Frio sabores (morango, chocolate, creme com passas, manga)
Fórmula básica para picolés espumoso ou cremoso
Picolés Sabores de frutas (à base de água)
Picolés Enriquecido (processo a frio)

Aprenda como fazer Sorvetes e Picolés


Os sorvetes são fabricados a partir de uma emulsão estabilizante (calda de sorvete), que através de um processo de batimento e congelamento produz uma substância cremosa, suave e agradável ao paladar. As emulsões são compostas de produtos lácteos, água, gordura, açúcares, estabilizantes, aromatizantes e outros.
Processo de fabricação de Sorvetes e Picolés
Após selecionados os ingredientes e composta a formulação, o processo de preparo dos sorvetes envolve as seguintes etapas:
 • Preparo da Mistura;
 • Homogeneização;
 • Pasteurização;
 • Maturação;
 • Congelamento e Armazenamento.

a) Preparo da Mistura:
Todos os ingredientes líquidos são colocados na pasteurizadora. Tem início a agitação e aquecimento.
O aquecimento é executado para liquefazer a gordura, bem como dissolver mais facilmente os açúcares e os estabilizantes.
Os ingredientes secos, inclusive o Selecta Cream e/ou leite em pó, açúcar e estabilizante (salvo alguma exceção), são adicionados enquanto a parte líquida está em agitação e antes que a temperatura alcance 50ºC. 
Para evitar a formação de grumos nos materiais secos, é recomendado fazer uma mistura prévia do açúcar, Selecta Cream e/ou leite em pó, estabilizante, etc. Os materiais que dão cor e sabor ao sorvete (salvo exceções) devem ser colocados na calda fria, após a maturação.
b) Homogeneização:
Todas as misturas de sorvete contendo gorduras devem ser homogeneizadas (batidas). Sua finalidade é melhorar as características de batimento da mistura e do corpo, além de dar uma textura macia ao sorvete.
A homogeneização (batimento) consiste em quebrar ou reduzir o tamanho dos glóbulos de gordura, tornando-os uniformes.
Quando se faz uso de gorduras vegetais hidrogenadas, a homogeneização (batimento) deve ser feita a quente, em torno de 60ºC, temperatura em que as gorduras estão no estado líquido.
c) Pasteurização:
Por razões bacteriológicas, a mistura (calda) deve ser pasteurizada.
A Portaria 379, de 26 de abril de 1999 do Ministério da Saúde, cita como obrigatória a pasteurização de gelados comestíveis elaborados com produtos de laticínios e/ou ovos.
Pasteurização é o tratamento térmico destinado a destruir todos os microorganismos patogênicos (microorganismos capazes de produzirem doenças) da calda de sorvete.
Pasteurização sempre é expressa em termos de tempo X temperatura. O sucesso da pasteurização depende de fatores como:
- Deve-se tomar alguns cuidados para não ocorrer uma recontaminação do produto nas etapas pós-pasteurização.
- Todos os equipamentos e utensílios com os quais o produto terá algum contato, devem estar bem limpos e higienizados.

A embalagem deve estar isenta de sujidades.
Para o tratamento térmico ideal, recomenda-se:
• Sistema com tina de pasteurização/batelada: aquecimento 70ºC por 30 minutos.
• Sistema contínuo: 80ºC por 25 segundos.

Após o aquecimento, a mistura deve ser resfriada até 4ºC no menor tempo possível. O resfriamento da calda evita que os microorganismos não-patogênicos restantes se multipliquem. O produto pasteurizado deve ser mantido sob refrigeração.
A pasteurização, devido à temperatura, faz com que os estabilizantes e emulsificantes usados nas ligas dissolvam-se totalmente e trabalhem com toda a sua potencialidade. No entanto, deve-se considerar que, quando do emprego do Emustab e do Emulsificante Selecta, este deve ser adicionado à calda somente após a pasteurização, na calda já fria. Não deve ser aquecido junto com a calda, pois neste caso, perderia parte da sua potencialidade.
d) Maturação:
Após o resfriamento da calda, esta deve ser maturada. Nesta fase, é complementada a adição dos ingredientes sensíveis ao tratamento térmico, como sucos de frutas, polpas, essências, etc. Nesta fase, ocorre a solidificação das gorduras e a viscosidade aumenta devido à hidratação das proteínas do leite e estabilizantes, que absorvem a água livre.
O tempo de maturação pode variar de 1 a 24 horas, recomendando-se mais tempo para caldas com teor de gordura maior.
Esta operação se efetua à temperatura de +4ºC, tinas de maturação e sob agitação lenta e constante.
e) Congelamento e Armazenamento:
Esta é uma das operações mais importantes, já que dela depende a qualidade, o rendimento e o sabor do produto final.
O processo de congelamento pode ser dividido em duas partes:
• congelamento na máquina produtora;
• congelamento e endurecimento nas câmaras de armazenamento.

O processo de congelamento pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado, que genericamente pode ser classificado em: 
1) descontínuos (tipo batch) 2) contínuos
  - verticais / horizontais

Apesar dessas variações, deve-se observar que: o congelamento na máquina produtora seja rápido, enquanto a mistura é agitada para incorporar ar, de maneira a controlar a formação de cristais de gelo e fazer com que o sorvete tenha suavidade no corpo e na textura, bom sabor e "Overrun". 
Quando o sorvete adquire certa consistência (diz-se que "está no ponto"), retira-se da máquina produtora e rapidamente transfere-se às câmaras de armazenamento, onde se completa o processo de congelamento e endurecimento.
É evidente que a temperatura do balcão deve ser superior à temperatura de armazenamento do sorvete, ou seja, em torno de -12 a -8ºC, caso contrário, a massa irá apresentar-se muito endurecida devido ao baixo ponto de congelamento.
f) Embalagem:
Para evitar o descongelamento das porções de sorvetes que tocam as paredes das embalagens, é recomendável refrigerá-las previamente.
Deve-se também evitar a formação de bolsas vazias no enchimento das embalagens.
No endurecimento, a temperatura deve ser muito baixa, passando o sorvete da forma fluida, que apresenta na saída da produtora, a uma forma sólida indeformável.
No "freezer", o sorvete apresenta ainda certa quantidade de água livre, não congelada. Os cristais de gelo formados são microscópicos e a textura é ótima.
Para que o sorvete continue a apresentar essas qualidades, deve-se observar que o endurecimento seja imediato.
Se isso não acontecer, haverá formação de cristais grandes e a textura passará a ser grosseira.
A temperatura da câmara de endurecimento deve ser de -25ºC, o que garante manutenção da qualidade. Deve-se observar que a temperatura seja uniforme, pois, acima de -23ºC ocorrerão problemas na textura do produto e, abaixo de -32ºC, não será econômico, devido ao consumo excessivo de energia.
Modo de preparar Sorvetes e Picolés
a) Modo de preparar sorvetes:
1. Pesar os pós (Selecta Cream / açúcar / liga / e a glucose quando pó), reservar um pouco de açúcar e misturá-los, cuidando para (se tiver) deixar a parte ácida separada.
2. Colocar os líquidos (leite ou água) e, a seguir, os pós, na pasteurizadora e iniciar o aquecimento. Ao atingir 40-50º C, adicionar a gordura e a glucose (quando pasta), sempre com agitação. 
3. Continuar com o ciclo de pasteurização, aquecendo a mistura. Sistema tina de pasteurização/batelada = 70ºC por 30 minutos (sem placas).
Sistema contínuo = 80ºC por 25 segundos (com placas). Após o tempo de aquecimento, resfriar a mistura para 4º C.

4. Maturação: se possível, deixar a calda maturando de 1 a 24 horas antes de bater o sorvete, lembrando-se dos cuidados de higienização. Esta maturação é aconselhável que seja feita a baixa temperatura +4º C.
5. Adicionar EMUSTAB ou EMULSIFICANTE SELECTA e bater a calda durante 4 a 5 minutos, acrescentando o saborizante no final.
6. Colocar a calda na produtora para produção do sorvete.
b) Modo de preparar sorvetes utilizando Soya Ice:
1. Pesar os pós (açúcar, Soya Ice e liga quando necessário).
2. Colocar os líquidos (leite ou água) e, a seguir, os pós, na pasteurizadora e iniciar o aquecimento. Ao atingir 40-50°C, adicionar a gordura e a glucose (quando pasta), sempre com agitação.
3. Completar o ciclo de pasteurização e, em seguida a maturação.
4. Adicionar Emustab, Emulsificante Selecta ou XP 3000. Bater a calda durante 4 a 5 minutos, acrescentando o saborizante no final.
5. Colocar a calda na produtora para a produção de sorvete.
c) Modo de preparar sorvetes utilizando Selecta Light Neutro:
1. Pesar os pós (Selecta Light, leite em pó desnatado).
2. Colocar a parte líquida (água) e, a seguir, os pós, na pasteurizadora e iniciar o aquecimento. Completar o ciclo de pasteurização e, em seguida, a maturação.
3. Adicionar Emustab ou Emulsificante Selecta/XP 3000. Bater a calda durante 4 a 5 minutos, acrescentando o saborizante no final.
4. Colocar a calda na produtora para a produção de sorvete.
5. Pode ser mantido nos mesmos índices de refrigeração que os demais produtos.
Obs.: Para o preparo de sorvete Diet deve-se utilizar saborizantes: Emultina Selecta ou Líquidos para picolés e sorvetes Selecta.
Modo de preparar Picolés
Picolés à base de água:
1. Pesar os ingredientes secos e misturá-los.
2. Colocar a parte líquida (água) no agitador e ir adicionando os pós aos poucos.
3. Bater durante aproximadamente 3 minutos.
4. Despejar a calda nas fôrmas e colocar para gelar.
Picolés à base le leite:
Os picolés à base de leite precisam ser pasteurizados.
1. Preparar a calda da mesma maneira indicada para a fabricação de sorvetes.
DICA: a temperatura ideal de fabricação e armazenamento de picolés é de -20ºC

o sorvete é bom

o sorvetes é muito bom  adoro comer sorvetes sinto pena de quem não pode comer.